Wednesday, April 22, 2020

a propósito de numeros


segundo dados do SICO, DGS -SNS, disponível em https://evm.min-saude.pt/

relativo aos anos entre 2011 e 2020

fevereiro registou uma mortalidade entre um mínimo de 9292 no ano de 2016 e um máximo de 11820 em 2012

quanto a março, mês já com covid em Portugal,
o mínimo foi de 9304 no ano de 2011 e um máximo de 10956 no ano de 2012.
o ano de 2020 já com covid é o 5º ano com mais mortes

este mês, dados até dia 20 e por comparação com os correspondentes primeiros 20 dias,
mínimo de 5650 em 2015 e máximo em 6929 em 2020
o anterior máximo era de 6599 em 2018

tirem as vossas próprias conclusões, mas não vão em cantigas de fwd das redes sociais, notícias tendenciosas e outras mentiras destinadas a promover o medo.

pensem nestes números e se justificam destruir a economia real!


10 comments:

Anonymous said...

Volto a dizer o mesmo:
Para comparares só podes modificar uma variável. Neste caso tens duas variáveis a doença e as medidas.
Só podes comparar com rigor esses dados se não houvesse medidas de contenção.
Se tiveres tempo procura os dados de mortalidade nos States (e atenção que mesmo lá já existem algumas medidas de contenção já que as escolas estão fechadas e alguns comerciantes fecharam por livre vontade).

divagador said...

ok

mesmo assim, parecem-me longe de uma pandemia

mais importante, por outro; as pessoas que todos os anos morrem de gripe?

este ano não há, são todas de covid

como "descontas" as que morreriam de gripe sazonal como todos os anos?

Anonymous said...

Quanto as mortes por gripe não sei como farão.
Mas podemos comparar os países do sul em que Portugal tomou medidas logo no início e os outros que tomaram mais tarde. Portugal tem menos contágios e mortes.
Nos países nórdicos, a Suécia poucas medidas tomou (fechou escolas, distância e mais qualquer coisa) e a Noruega e Finlândia tomaram medidas mais drásticas como Portugal e a Suécia tem mais contágios e mais mortes.
Agora já se pode tirar algumas conclusões.
Números de pandemia: quantos ventiladores haviam na altura da gripe espanhola? E medicamentos? Era chá de limão e compressas de água na testa. Nem penicilina havia......
Com a evolução da medicina, graças a Deus, dificilmente veremos números daqueles, a não ser em África e Ásia.

divagador said...

ok

então estão a morrer agora mais na Suécia (e noutros que não tomaram medidas) que em igual período nos últimos anos?

e a questão dos "gripados" não contabilizados cá, coloca-se igualmente em todos os outros países...

Nuno Almeida said...

Eu percebo o que dizes Emanuel, mas a verdade é que foram tomadas medidas extraordinárias de contenção. Sem essas talvez a mortalidade fosse muito maior. E não só isso, o alarme social seria grande.
Claro que o número de mortes em Portugal por COVID até agora é baixo, muitas pessoas morreriam de outra coisa qq (e se calhar morreram, mas tinham COVID e foram contabilizadas como COVID - outra discussão)
Quanto à gripe por este ano já passou (o pior costuma ser dezembro, janeiro e fevereiro). Portanto as mortes por gripe já foram. Continuamos a fazer no HDES pesquisa de gripe em simultâneo na maior parte dos doentes suspeitos de COVID 19 e está tudo negativo para a gripe.
É tudo uma questão de calibrar as medidas de contenção vs capacidade de resposta da saúde. O que dá bem a ideia que quem nos governa (nacional e regional) sabe bem o mau estado do SNS para terem tomado medidas de contenção que nunca imaginei possíveis. Se calhar foram e estão sendo em excesso. O problema vai ser agora reverter tudo. Há os que estão economicamente com a corda ao pescoço e vão logo trabalhar, mas os outros (pessoas como nós por exemplo) podem ter muita renitência a ir trabalhar e voltar a ter uma rotina "normal".

Em suma de uma maneira ou de outra vamos ter muitos problemas. Espero mesmo estar enganado.

Anonymous said...

Sei que a taxa de mortalidade por covid é maior na Suécia que na Noruega e Finlândia.
A taxa de mortalidade na Itália, França e Espanha também são bem maiores que em Portugal.
Isto já diz alguma coisa.
Gerir o retorno á normalidade e contenção é que é difícil.
Primeiro está tudo louco a espera do turismo. Vamos ver se os turistas querem viajar.
Segundo ou mesmo primeiro e as crianças dessas pessoas? Vamos pôr creches a abrir com bebés de máscara? E as crianças vão ficar sozinhas em casa?
Espero que alguém esteja a pensar em coordenar isso.
Espero que haja uma equipa a preparar essas situações, mas se for como fizeram na prevenção do covid estamos tramados.
O Costa disse há algum tempo : nunca faltou, não falta nem faltará nada ao sns. Até parece que o nosso sns era 5 estrelas. Urgências pediátricas a fecharem por falta de médicos, atendimentos a SU a demorar 7 a 9 horas.
Agora libertas as medidas de contenção e mesmo com a obrigação do uso de máscara e de luvas, a coisa vai correr mal. É daquelas situações em que prefiro não arriscar.
E sei que a solução não é ficarmos fechados em casa com medo, mas...
Já li que o vírus ficará na sociedade durante uns aninhos a fazer mossa, a questão da imunidade não é certa, sem uma vacina comprovada e em pouco tempo, sem o uso de medicamentos com a certeza de funcionamento, o panorama não é o melhor.

Então o que fazer poderás tu questionar?
Primeiro já que temos uma barreira física utiliza lá para conter cá a infeção. E aí concordo com medidas altamente duras, como impedir que as vigilâncias ativas saiam de casa, testar todas as vigilâncias ativas, impedir a entrada de pessoas no arquipélago enquanto continuar a aparecer casos positivos sem perceber se o porquê, qual a cadeia de transmissão, abrir o comércio nas ilhas sem infetados.

divagador said...

até melhor prova ou opinião:

até aceito que se fechasse o país por um período máximo de 30 dias para conter ao máximo o vírus e não sobrecarregar o SNS

para além dos 30 dias, tudo tem de voltar a abrir (com medidas sanitárias, máscaras, luvas, lotação máxima em estabelecimentos, e sempre a insistir na ideia do distanciamento social e lavagem das mãos)

e isto porque:

não temos finanças publicas que aguentem subsidiar os outros - que não são funcionários públicos
e/ou
a pobreza que virá do país fechado vai matar mais gente que o covid




Blum blum said...

1-Não vou discutir sobre a virulência desse vírus porque não o conheço nem estudei para ser epidemiologista, mas parece me ser agressivo, principalmente para a população idosa.
2- já vivi de perto uma situação de pneumologia (Mariana há dois anos), não gostava de passar pelo mesmo...
3- o que posso fazer para evitar tudo isso e o que vem no futuro? Acho que o que podemos é devemos fazer é cumprir (bom senso é o o que eu tb peço a todos) com as medidas de higiene e distância social.
4- se concordo com todas as medidas? Na grande maioria sim, pois só assim o contágio na população foi atenuado, e daqui para a frente o reverter das medidas tb deve ser feito de forma progressiva, acho que deverá manter se a restrição do número de pessoas nas superfícies comerciais, incentivar as medidas de higiene etc.

Anonymous said...

Olavo, não acho que este vírus seja muito agressivo uma vez que apesar de não termos anticorpos inicialmente para combate-lo a maior parte da população consegue resistir.
O problema é sempre a família e o E se...

Mané said...

blum

realmente na população idosa os números são agressivos
mas se formos por aí, os números na população jovem são irrisórios.

estou a falar no geral.

quanto à família e os "ses", ninguém os esquece mas o Estado tem de se preocupar com a colectividade, não com eu ou tu

mas isso tentei explicar no post de hoje