Monday, November 16, 2020

Interessa quem manda?

 Ouço frequentemente “não me interesso por política” e “não percebo nada de política”.Tenho a sensação que quem o diz confunde política com partidos.

 

Não me interesso pelos partidos, nem percebo nada de partidos.

 

Já pela política, sim, interesso-me e muito, e a razão é simples.

 

A política é o governo da nossa vida em sociedade.

 

A política é decidir quantos impostos se pagam e o que se faz com os mesmos, quantos e onde se constroem hospitais, escolas e estradas.

 

Por estes assuntos, todos nos interessamos e percebemos (mais de umas áreas que outras).

 

Os tempos atuais de pandemia mostraram, a quem acha o contrário, que; a política é ainda, e essencialmente, a gestão das liberdades individuais e a defesa do bem supremo que é a dignidade da pessoa humana.

 

Todos gostamos da nossa liberdade e do nosso património.
E a política é a gestão, por um governo, dessa liberdade e desse património.

 

Convém nunca esquecer que as regras processuais (constituição) servem para proteger o cidadão contra o desgoverno de quem nos governa.

 

Principalmente em tempos de pandemia, temos de estar atentos e interventivos para que quem nos governa cumpra as regras essenciais (como a constituição).

 

Embarcar em unanimidade e deixar o governo legislar como quiser é abdicar da nossa liberdade, e a história já nos ensinou que isso leva ao autoritarismo com atropelos aos direitos essenciais.

Em tempos como os atuais em que os partidos da oposição passam cheques em branco aos governos em nome da defesa da saúde, nunca nos devemos esquecer das lições da história.

 

Quando os governos assumem mais poder e impõem mais restrições, devemos estar mais atentos às medidas tomadas pelos governantes e pensar sobre tais medidas.

Pensar não é apenas fazer like.

 

Ao contrário do apregoado por alguns políticos, a saúde, sendo importante, não é o valor mais alto.

O da dignidade da pessoa humana, sim.

A saúde pode ser defendida num regime ditatorial, já a dignidade e a liberdade, que é essencial àquela, nunca é aceite por governantes ditatoriais.


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