Sunday, April 29, 2007

The Arctic Invasion

Muito se tem dito sobre a nova coqueluche da pop britânica, os Arctic Monkeys. Do quão vertiginosa e brilhante foi a ascensão de putos a esgalhar nos instrumentos que começavam a aprender a tocar na garagem até ao frenesim mediático que lhes saltou em cima desde que I Bet You Look Good On The Dancefloor chegou a nº 1 na tabela britânica de singles, ainda antes de Whatever People Say I Am That's What I'm Not se vender a alta velocidade e se tornar o álbum mais rapidamente vendido na história da indústria discográfica britânica. Só com estes feitos eles já eles fizeram História, mas isto só lhes valia um cantinho de uma página no Guiness Book Of Records, onde se salientava em letras carregadas pelo negro da impressão em bold a soma em libras de quanto os rapazolas de Sheffield valiam em 2006. O que realmente ficou foi o magnífico álbum de estreia, o qual não vale a pena referir muito mais porque muito já foi dito por essa imprensa fora.
Importa é falar do novo álbum, Favourite Worst Nightmare. Se Whatever People Say I Am... foi a minha banda sonora do verão passado e tornou-se um clássico instantâneo um pouco por todo o mundo, este é que é finalmente o meu clássico, daqueles que se guardam com reverência na estante e não hesitamos em por na nossa lista de favoritos quando alguém nos pergunta pelos álbuns da nossa vida. Como fica bem ao lado do Joshua Tree e do Songs For The Deaf...
Pois, a referência aos Queens Of The Stone Age até faz sentido quando se ouve o single de abertura, Brianstorm. Matt Helders, o energético baterista, faz lembrar Dave Grohl a atacar as peles e os pratos com máxima velocidade e potência. As guitarras abandonam as paisagens da britpop e do revivalismo do pós-punk ao qual a crítica especializada em encher páginas de fotos promocionais e publicidade e a lojas de discos os enfiam, fazendo-se notar as novas influências que se terão infiltrado durante a digressão que os fez atravessar o globo e as noites passadas na pista de dança, a ocupação prioritária dos intervalos das gravações com James Ford, o produtor da revolução new rave dos Klaxons, conseguindo manter e tornar mais coesa a marca do seu som.
A escrita de Alex Turner, o rapaz que até à pouco tempo ainda se embaraçava de vergonha a mostrar aos amigos os seus textos, tornou-se mais madura. Pode parecer óbvio afirmar que o jovem vocalista amadureceu quando se descobrem novos temas nas suas canções e a prosa de observação social, que marcou o estilo singular da escrita e canto de Turner no primeiro álbum, se abrir a panoramas mais abrangentes que o seu subúrbio de Sheffield, mas a verdade é que este rapaz ultrapassa a mediania característica da escrita de canções pop, tem o talento de um escritor, provoca aquela sensação de quando lêmos nas páginas de uma obra prima qualquer o que já nos passou pela cabeça, mas com a conjugação perfeita das palavras que assaltam os nossos pensamentos mas não conseguimos domesticar com a ponta de uma caneta.
Para chamar a atenção aos cépticos e revoltados com os revivalismos que têm marcado a música deste início de século, os Beatles eram apenas uma banda de admiradores de Elvis Presley e Buddy Holly que foram inspirados o suficiente para forjar o seu som com base naquilo que gostavam e sabiam tocar: Rock N' Roll. Assim são também os Arctic Monkeys, definindo a pop da primeira década do século XXI do mesmo modo que os Beatles definiram a música dos anos 60.

Wednesday, April 25, 2007

25 de Abril sempre?

após a eleição de Salazar como o maior dos portugueses há 1 mês atrás, é legítimo comemorar o 25 de Abril?

Saturday, April 21, 2007

???

Como é que um Partido como o PNR convida Partidos ESTRANGEIROS a virem a Portugal? Não deviam não era parti-los todos? Não deviam andar todos à porrada uns com os outros precisamente por serem todos nacionalistas? Isso sim era era nacionalismo que eu gostava!

Wednesday, April 18, 2007

Não sei qual o espanto!

O site do jornal "Sol” avançou que a aprovação de José Sócrates na cadeira de Inglês Técnico na Independente foi obtida com um trabalho feito em casa numa folha A4.

Porra, se fosse numa A5 (ou quiça numa A6) compreendia a polémica.
Mas numa folha A4 ainda cabe bastante inglês técnico.

Thursday, April 12, 2007

Está decidido

Vou tirar o mestrado na Independente.
Domingo está terminado e ainda posso queixar-me por ter sido prejudicado pelos sacanas da Universidade.
Depois peço uma indemnização por me terem frustrado as expectativas (as legítimas, pois claro! De ter um canudo de uma universidade conceituada, onde sempre se soube que tudo era muito difícil e suado).
Sinto-me vítima de má fé e ainda acho que me obrigaram a ir para lá no âmbito de uma cabala maldosa orquestrada pelos marcianos com ajuda do Gollum e da Bruxa Má do Norte.

the Joker

Saturday, April 07, 2007

no expresso on-line

A discursar a convite da revista “Elle” num debate dedicado ao tema “o que querem as mulheres”, o líder da extrema-direita francesa, Le Pen, foi taxativo quando sugeriu que o melhor remédio contra as gravidezes indesejadas era a masturbação feminina.


pois, é mesmo caso para suar

Thursday, April 05, 2007

ainda mais sinistro


o segundo senhor a contar da esquerda

Tuesday, April 03, 2007

Luminous Dark America

A minha descoberta da semana: o sol escaldante do Tennessee não é o suficiente para esconder as sombras negras da América. O último álbum dos Kings Of Leon, "Because Of The Times", é a prova. Um cântico negro com sabor a gospel luminoso, de quatro rockeiros sulistas que não esquecem a sua infância nómada, viajando pelo coração da América enquanto o pai espalhava a palavra do Senhor. Ouvi-lo aqueceu-me este escuro coração, fazendo-me reviver pela enésima vez o meu sonho americano: um passeio nocturno no deserto.